Entrevista com os produtores de Ranger-X 24 24America/Bahia outubro 24America/Bahia 2016
Posted by bluepasj in ENTREVISTAS, GENESISTÓRIAS, Traduções.Tags: entrevista, produtores, ranger-x, x-ramza, x-ranza
1 comment so far
Esta entrevista apareceu primeiro nas revistas Dengeki e Marukatsu Megadrive.
Toshio Toyota – programador
Toshio Yamamoto – Designer gráfico
Yoshinobu Hiraiwa – Compositor
Noriyuki Iwadare – Operador de som
Muitas pessoas estão falando da qualidade imensa dos gráficos de Ex-Ramza. O que você acha disso?
–Yamamoto: Nós fizemos este jogo sem tentar copiar nenhum jogo anterior – foi feito com muita intuição. Nós não queríamos ficar presos a um desejo de imitar os outros; nosso objetivo era fazer um jogo de alta qualidade para o Mega Drive. Eu acho que os comentários das pessoas a respeito da qualidade dos gráficos reflete esse esforço. Para ser honesto, nós não realmente pensamos tão profundamente nos gráficos. Mas por que colocamos tanta ênfase em criar um jogo muito polido no geral, os gráficos acabaram tendo muito brilho também.
Quais foram as coisas que foram focadas durante o desenvolvimento?
–Yamamoto: Uma grande coisa é que nós não usamos um documento de planos para este jogo. Ao invés disso, fomos em frente e adicionamos coisas enquanto tínhamos a memória disponível.
Para um jogo de ação com robô, a maneira em que o mech se move é bem diferente. Os movimentos são bem intrincados.
–Toyota: Isso foi algo que quisemos fazer. No jogo de tiro em plano tradicional não há muita motivação para se ter animação complexa no personagem do jogar. Comparativamente, com robôs você tem muito mais possibilidades – só controlar eles e ver os diferentes movimentos é divertido, certo?
Sim, e os inimigos tem muitos toques legais também: eles olham pra cima, viram a cabeça na sua direção.
–Yamamoto: Meu sentimento sobre “movimento” é que não deveria ser reduzido a padrões simples e repetidos. Devia ser mais complexo e reativo que isso. Nós trabalhamos duro para criar a maior quantidade de animações possível para eles.
–Toyota: Nós não queríamos fazer inimigos que só existem para ser abatidos. Nós pensamos muito em como eles realmente se moveriam, e como podíamos expressas isso no jogo.
Você tinha uma imagem em sua mente de como Ranger X iria parecer e jogar, antes do começo do desenvolvimento?
–Toyota: Eu tenho pensado em um jogo de ação lateral com robô por um longo tempo. E é claro que imaginei sendo no Megadrive. Não havia nada que usei como exemplo, apesar de ter imitado outros de qualquer jeito. (risos) Nós só começamos com a questão, “o que faz um jogo divertido…?”… e o resultado foi Ranger X.
Seja pelos gráficos coloridos, ou movimento detalhado, tenho certeza que os usuários do Megadrive vão ficar maravilhados com quão longe vocês levaram o hardware.
–Toyota: Nós criamos algumas ferramentas de software especializadas que nos permitiram
puxar as capacidades do Megadrive até o limite. Se você conhece os truques certos, é na verdade bem fácil aumentar as cores no Megadrive. O Megadrive tem um número de problemas, mas eu acho que é relativamente fácil de se trabalhar nele. O problema com as
cores no Megadrive não é tanto de números/quantitativo, é mais uma questão de sutileza da parte do designer.
Falando agora da a música, houve algo em particular que vocês prestaram atenção em sua criação?
–Hiraiwa: Já que o Ranger X é um jogo de ação e tiro, como uma base eu queria algo excitante, sons vívidos. Para as composições, no geral eu diria que queríamos algo um pouco mais “sombrio”. Não apenas e simplesmente sombrio, entretanto; às vezes eu queria que fosse surreal, e às vezes energética. Isso combinou com minha imagem pessoal do jogo.
Você conseguiu ver o jogo durante o desenvolvimento?
–Hiraiwa: É claro. Eu realmente gostei da paleta e das cores que eles usaram. Para mim, o tom das cores é o que mais reflete o tom da música. Neste caso, essas cores me levaram a escrever músicas com uma vibração de rock e rock progressivo.
Há 23 músicas em Ranger X. Isso é muito para um jogo de ação, não é?
–Iwadare: Eu acho que é bem típico. Bem, talvez um pouco mais do que o normal.
–Hiraiwa: Às vezes em músicas de jogos as canções em um jogo parecem todas iguais. Não
queríamos isso.
Como foram feitos os efeitos sonoros?
–Iwadare: A primeira coisa que eu fiz foi gastar um bom tempo tentando criar uma porção de sons que fossem únicos – sons que não haviam sido ouvidos em outros jogos ainda. Para o som da guitarra, eu realmente fiz uma porção de remendos para variedade tonal.
Normalmente em um jogo de tiro, os efeitos sonoros são usados apenas para dar a você um senso de emoção com grandes explosões e coisas assim, mas em Ranger X, estão mais no mesmo patamar que a música em termos de importância. Eu realmente queria que as
pessoas os ouvissem em stereo.
Por favor dêem aos nossos leitores um comentáriof final.
–Toyota: Os jogos saindo ultimamente não tem tido nenhuma novidade surpreendente, tem? Por que isso? É por que muitos produtores estão focando no “que vende”, e modelando seus jogos em tipos que venderam bem no passado. Me desculpe, eu não tenho interesse nisso: é por isso que nós enchemos Ex-Ranza com a maior quantidade de novas ideias que pudemos. Talvez não seja rentável. (risos) Mas eu vou te dizer, desse jeito é muito mais divertido.
–Yamamoto: Eu primeiro me encontrei com o Toyota na Wolf Team. Eu também tenho
experiências com programação, mas ele é maravilhoso. Ele podia pegar imagens que eu desenhava e animá-las em dois segundos contados. Meu outro parceiro de gráficos também fez um trabalho incrível, então eu posso orgulhosamente dizer que o Ranger X é um jogo altamente polido.Quer você compre ele ou não, por favor apenas experimente!
Fonte: Shmuplations
Jogos de Andar e Atirar 11 11America/Bahia agosto 11America/Bahia 2011
Posted by bluepasj in dym, LISTAS.Tags: alien soldier, blackthorne, blaster master 2, contra, doom troopers, genesis, gunstar heroes, mega drive, mega turrican, mercs, ranger-x, run and gu, run'n gun, sega, sunset riders, vectorman
add a comment
…os famosos run ‘n gun. Que podem, assim como hack’n slash, ser considerados ‘filhos’ do beat ‘em up (que são filhos dos fightin’). Isso porque o objetivo é matar tudo que se move. E com muita coisa se movendo! Muitos dos jogos dessa matéria se focam em atire do começo ao fim do jogo e desvie dos tiros alheios. Embora alguns sejam menos frenéticos que outros. Vamos à listinha…
Contra Hard Corps: é o típico jogo do gênero. Como é um dos primeiros a ganhar destaque, também é o maior ícone entre os run’n guns. Sua marca registrada é a freneticidade, com inúmeros inimigos na tela, dificuldade de saber o que está acontecendo (piora em 2players) e, também, nível de dificuldade sempre exacerbado. A versão do Mega apresenta, ainda, caminhos diferentes para se chegar aos finais das fases. Com certeza a versão Mega, Hard Corps, é digno de fazer parte da série e ser considerado um dos melhores Contra.
Mercs: Diferentemente da maioria dos outros jogos desse post. Mercs é um run and gun diferente, já que não é só side-scroller, você pode se mover em todas as direções. É um jogo muito bom de guerra. Na verdade, quase pode ser considerado dois jogos em um, já que tem dois modos de jogo que são tão diferentes um do outro. O jogo perdeu o multiplayer, mas no geral foi feito um ótimo trabalho na conversão desse jogo dos Arcades para o Mega.
Gunstar Heroes: é o highlight do gênero, o top dos tops. Com certeza o melhor jogo de tiro em side scrolling já feito, a Treasure, empresa fantástica, superou todos os limites do Mega Drive e fez o jogo mais frenético da geração 16-bits. E com 2 jogadores a coisa explode na sua cara! (Sei que ficou pornográfica essa frase, mas relevem, please!) Enfim, tiros pra todo lado e pra todos os gostos. Imperdível, até mesmo pra quem não gosta de jogos de tiro, ainda mais pelos elementos de plataforma (comuns no gênero, aliás).
Mega Turrican: Não confundir com Turrican, o primeiro (e horrendo) jogo da série que saiu para Mega Drive. Mega Turrican é um jogo muito bom, muito climático e, se comparado com a versão Snes, tem maiores valores estético-artísticos e é mais adulto. O tema espacial em alta, como se pode ver pela foto, muitas cores. E a jogabilidade também não deixa a desejar. Muito bom!
Vectorman: Existe um post sobre Vectorman nesse blog. São dois jogos. Ambos ótimos, com gráficos inacreditáveis para o console. Embora o primeiro jogo seja melhor que o segundo. Vectorman, o robô que dá nome ao jogo é um dos grandes personagens dos games e, infelizmente, foi esquecido. Embora já houve planos de um VMan para o PS2, estava tão descaracterizado que foi melhor mesmo terem cancelado ele. VMan lives in our hearts! kkkk
Ranger X: Não é um jogo. É uma maravilha gráfica. Apesar de também ser um jogo, com um sistema de jogabilidade muito complexo. Assim como os jogos da Treasure, puxou os limites do Meguinha, se tornando um estupendo jogo em 2D. Um jogo de tiro cheio de coisas acontecendo na tela. Coisas grandes, enormes, todas muito bonitas e bem feitas.
Alien Soldier: Mais um jogo da apoteótica Treasure, explorando TODOS os limites do console Mega Drive. A diferença é que aqui também exploram todos os limites da dificuldade possíveis, alcançando níveis astronômicos e, possivelmente, um carimbo de Impossibilidade Humana de Chegar ao Fim. Apresenta uma jogabilidade complexa, porém com uma curva de aprendizado bem mais suave do que Ranger X.
Doom Troopers: O jogo que ficou famoso simplesmente porque, ao atirar nos monstros, você arranca a cabeça deles. Muito sangrento e divertido. Também tem um clima único no tema espacial 16-bits, uma coisa que lembra aquele filme Tropas Estelares. Como se pode ver, os gráficos são muito bons e lembram um pouco Blackthorne, embora não sejam tão bons quanto os dele.
Sunset Riders: É, talvez, o mais famoso de toda a lista. E o único concorrente em fama é Contra, que é uma série, portanto isso mostra como Sunset Riders, um jogo só, foi aclamado pelos gamers. Com certeza quem não jogou não pode perder. E, como é bem diferente da versão Snes, mesmo quem jogou ela deveria jogar essa. Além do mais, a tecla direcional de 8-direções fáceis do Mega é bem melhor pra atirar em todas as direções, que é uma das coisas permitidas no jogo, além de uma porção de outras coisas divertidas. Além de, como de praxe entre os run’n gun, ter opção de jogar de 2.
Chaos Engine: Esse é um jogo de tiro para dois jogadores apenas para os aficcionados pelo gênero. Os gráficos são bons e a jogabilidade é caprichada. Só dá pra jogar de 2, ou você com um amigo ou com o segundo personagem sendo controlado pelo CPU. Aliás, a IA está bem feita também.
Blaster Master 2: É a continuação do clássico de Nes. Os gráficos não são lá essas coisas, mas satisfazem. Na jogabilidade ele é único, tem partes em que você controla um veículo e as partes em que desce e vai a pé, o que torna esse jogo diferente de todo o resto. É bastante aproveitável, tem um bom fator diversão. Vale a pena conhecer!
E-SWAT: Um dos primeiros jogos do Mega Drive, baseado num joguinho do Master System. Apesar de ter saído tão cedo no ciclo de vida do console, conseguiu se tornar um título cult, que todos que adoram um bom jogo de tiro aclamam. Tem alguns elementos interessantes em sua composição, como o jetpack, por exemplo.
Midnight Resistance: Um outro jogo de tiro! E esse você começa vindo com um carro. Contra-feelings.
Twinkle Tale: Não se deixe enganar pela personagem principal, que é uma bruxinha. Esse é inegavelmente um dos melhores shoo’em up do Mega, e um dos mais originais e bonitos também, com certeza. O fato de nunca ter ouvido falar dele é só pelo fato de que ele é um jogo underrated por ter sido lançado apenas no japão. Mas dê uma chance e você pode viciar.
Skeleton Krew: Jogo de tiro (muito difícil) isométrico para dois jogadores com tema dark, cyberpunk, climático e maduro e jogabilidade inovadora. Também apresenta gráficos lindos.
Robocop vs. Terminator: Baseado em um gibi, é um jogo bem interessante de andar e atirar, especialmente para quem é fã do Robocop e/ou do Exterminador do Futuro.
Final Zone: Feito pela Wolf Team, talentoso time de desenvolvimento responsável também por títulos como El Viento e Earnest Evans, esse é um interessante jogo de tiro cuja visão é isométrica, o que o torna bastante único.
Crack Down: Vindo dos arcades, Crack Down é m jogo de tiro diferente da norma, com um estilo um pouco mais furtivo, em que você tem o objetivo de instalar bombas em pontos específicos das fases com limite de tempo. E ainda tem modo par dois jogadores.
Xeno Crisis: Lançado em 2019 pela Bitmap Bureau, este shooter multilateral foi feito pensando no hardware e configuração do joystick do Mega Drive, então se sai muito melhor do que o port de Smash TV, também um shooter multilateral. Os gráficos são lindíssimos, feitos por Henk Nieborg, o artista por trás de Misadventures of Flink. Mesmo tendo sido lançado após a morte do console, e talvez um pouco por isso, se tornou um de seus melhores jogos de tiro.Caso especial: ResQ: Um jogo cancelado de tiro, com o mesmo esquema veicular de Blaster Master, só que bem melhor. Estava quase terminado e se pode encontrar ROMs dele vazadas na net facilmente e constatar que teria sido um jogão.
Outros jogos: Rambo 3, True Lies.
___________________________________________________
E é isso. Aqui termina a lista, espero que tenham gostado. Com certeza existem muito mais jogos do gênero. Com certeza, também, esses jogos da lista foram os maiores representantes do gênero na caixa preta 2D da Sega.
Veja também a versão em vídeo dessa lista clicando aqui.