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MD vs. SNES por Gênero #1: Luta versus 5 05America/Bahia março 05America/Bahia 2020

Posted by bluepasj in DUALIDADE.
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Jogos de luta talvez sejam o gênero principal na era 16-bits. A grande maioria dos jogos eram platformers, sim, mas o estouro dos arcades gerou uma verdadeira guerra dos ports, em que se discutia afinco qual console tinha a melhor versão do último Street Fighter ou Mortal Kombat. Street Fighter II, lançado em 91 nos fliperamas, lançou uma verdadeira febre, e também incontáveis imitadores. É difícil imaginar quão grande foi o impacto de seu port exclusivo para o 16-bits da Nintendo em 92. O Mega Drive só recebeu seu próprio port da franquia mais de um ano depois. Do mesmo jeito, o fato de que o port do primeiro Mortal Kombat para Mega Drive manteve o sangue dos arcades também deu vantagem competitiva ao console da Sega na época.

Dados todos estes fatos, é interessante se perguntar qual dos dois, afinal de contas, teve a melhor biblioteca desse tipo de jogo. E a primeira coisa que se nota são as semelhanças. Ambos tiveram os 4 primeiros Mortal Kombat e pelo menos dois Street Fighter importantes. E bons port dos jogos dessas duas franquias acabou sendo de vital importância para o sucesso de ambos. No caso de Street Fighter, o Super Nintendo leva vantagem no número de cores, mas o Mega Drive, em minha opinião, tem melhores músicas. As vozes, entretanto, não foram bem adaptadas e são roucas no MD e abafadas no SNES. Em termos quantitativos, entretanto, o Super NES tem leve vantagem. O Mega Drive recebeu apenas o Street Fighter 2 Special Championship Edition (que na verdade é um port do arcade Hyper Fighting) e o Super Street Fighter II, enquanto que o SNES recebeu um port do World Warrior, que ficou obsoleto com o port do Hyper (Turbo) e o SNES também recebeu ports do Super Street Fighter II e do Street Fighter Zero 2, esse um prequel que no SN usou um chip especial descompressor.

Já o caso de Mortal Kombat é mais equivalente, ambos tiveram o MK, o MKII, 3 e o Ultimate. Desses, o port do primeiro é geralmente considerado superior no console da Sega (até pelo Ed Boon) enquanto que o do segundo o consenso geral é que ficou melhor no SN. Já o MK3 e o Ultimate são bem mais similares, mas acredito que ficaram melhores no MD.

De qualquer forma, qual desses ficou melhor em qual console é muito uma questão de gosto pessoal, varia muito de pessoa para pessoa. Até pelas sutis diferenças existentes, como detalhes de cenário que estão em uma versão e não em outra, efeitos sonoros presentes em uma e não na outra, modos de jogo extras… acaba sendo sempre uma opinião controversa.

Mas nem só de Capcom e Midway viviam os arcades. A SNK estava crescendo e se tornando uma gigante no mercado de fliperamas, com seus jogos de luta sofisticados da placa MVS – Multi Video System. Destes, o Mega recebeu ports de World Heroes, Art of Fighting, Samurai Shodown e Fatal Fury 1 e 2. Todos estes o SNES também recebeu, além das continuações World Heroes 2, Art of Fighting 2 e Fatal Fury Special. Acredito que o Fatal Fury 2 ficou melhor no MD, justamente por misturar elementos do Special. Samurai Shodown evidentemente ficou melhor no MD, cortaram um personagem chamado Earthquake por ele ser grande e ocupar muita memória no cartucho. Em compensação, o jogo saiu bem melhor do que no SNES que não cortou esse personagem. O curioso, e aqui abro um adendo, é que também prefiro as músicas dos Fatal Fury e do Samurai Shodown no MD, assim como do UMK3 e dos Street Fighter. Enfim, outros jogos da MVS a ser portados para os dois consoles são King of the Monsters 1 e 2, jogos tipo arena com monstros gigantes, e Power Instinct, esse que ficou melhor no SNES.

Outras empresas famosas também tentaram fazer jogos de luta. Como a Konami, que lançou TMNT Tournament Fighters, jogo de luta das tartarugas ninja que é completamente diferente nos dois consoles, e cuja versão SNES é considerada bastante superior. E a Namco fez um jogo de luta bastante sofisticado (até demais) em WeaponLord, feito no SNES e portado para o MD, portanto levemente inferior no console da Sega. Bem levemente. Mas com a jogabilidade também levemente mais calibrada. A própria Capcom fez outros títulos de luta, como o Saturday Night Slam Masters, baseado em luta livre, portado para ambos os consoles com resultados bem similares. E até a Sega entrou na brincadeira, lançando o também complexo demais para seu próprio bem Eternal Champions, totalmente exclusivo do MD, não sendo port de nada. A Nintendo em si não entrou na briga, mas a Rare, que atuava praticamente como uma subsidiária da Nintendo, lançou um port do famoso arcade Killer Instinct, e foi um port surpreendentemente excelente do jogo, apesar das esperadas perdas na transição de uma placa avançada para um console 16-bits.

Ambos os consoles também tiveram sua parcela de jogos exclusivos ruins. O SNES teve jogos como Battle Blaze, Dead Dance/Tuff E Nuff e Battle Master. O Mega Drive teve troços como Fighting Masters, VR Troopers (baseado em uma série sentai), Time Killers, Virtua Fighter 2 e Beast Wrestler. Ambos também tiveram o bizarro jogo de luta em tom de comédia Clayfighters, esse nem é tão ruim. Por algum motivo, Pit Fighter e Primal Rage, dois jogos bem ruinzinhos, ficaram populares nos arcades e foram portados para MD e SN. Outros jogos ruins que tiveram versões para ambos são Justice League Task Force, jogo de luta da Liga da Justiça da DC Comics. Ambas as versões são diferentes, mas nenhuma é boa. Brutal, jogo de luta promissor com animais como personagens, acabou sendo bem ruim em ambas as plataformas também. Esse é o mesmo caso de vários jogos que nem vale mencionar.

Existiram também jogos feitos baseados em animes, como o superpopular Dragon Ball Z. O Super Nintendo teve três jogos da série Super Butouden e um outro chamado Hyper Dimension. O Mega Drive, por sua vez, teve o Buu Yuu Retsuden, que lembra bastante os Super Butouden, cobrindo em um jogo bastante história. Ambos também tiveram jogos de Yu Yu Hakusho, sendo eles o Final no Super Nintendo e o Makyo Toitsusen no Mega Drive. O de Mega ficaria só no Japão, mas foi lançado exclusivamente no Brasil pela Tec Toy como Sunset Fighters. Esse jogo é o que considero o melhor jogo de luta totalmente exclusivo de um console 16-bits. O Super Nintendo ainda teve dois jogos baseados no anime de comédia Ranma 1/2, anime esse que chegou a passar no Brasil, assim como DBZ e Yuyu Hakusho.

É verdade que o Super Nintendo teve mais jogos que o MD desse gênero, por que o SN teve mais jogos que o MD no geral. Ele teve ainda dois Fighter’s History, ambos copiando descaradamente Street Fighter, até que são bons jogos. Ele teve também o excelente Gundam Endless Duel, jogo de batalha de robôs da franquia de anime (e várias outras coisas) Gundam. Outro jogo de luta de robôs gigantes, cuja engine o Endless Duel usa, é Mighty Morphin Power Rangers Fighting Edition. Falando em Power Rangers, entretanto, o Mighty Morphin Power Rangers, de Mega Drive, também é um jogo de luta dos rangers. De qualquer forma, não acredito que esses jogos extras sejam o bastante para realmente virar o jogo.

Depois de listar as diferenças nas bibliotecas de cada console, minha conclusão é de dupla natureza. Pessoalmente prefiro a do Mega Drive, mas creio que objetivamente seja um empate. Se fosse por números o SNES venceria, mas as franquias Street Fighter e Mortal Kombat pesam muito e qual jogo de cada franquia tem mais valor, assim como a opinião pessoal de cada um sobre qual port ficou melhor, fazem com que se torne uma questão de gosto. E jogos exclusivos como Killer Instinct, Yu Yu Hakusho Makyo Toitsusen, Eternal Champions e Gundam Endless Duel, que tem bastante fãs por aí, tornam ainda mais impossível dar vitória a qualquer um dos dois. São bibliotecas bastante similares. O SN tem mais opções, mas as opções extras não são as mesmas. Muitos vão dizer, também, que o MD tem melhor jogabilidade e controles mais responsivos em alguns jogos, mas isso não é em todos. Outro fator é o joystick. O de Mega Drive, com tecla D redonda inteiriça e os seis botões de ação todos enfileirados é a melhor opção para jogos de luta (apesar de ter gente que gosta, ou talvez tenha se acostumado, a usar os botões de ombro). Mas ao mesmo tempo o controle de seis botões a princípio não era o controle padrão do console, ao invés disso ele vinha com um de três botões totalmente desconfortável para a grande maioria dos jogos de luta.

Hoje em dia, pode-se dizer que jogar um port de jogo de arcade para Mega Drive e/ou Super Nintendo é algo a ser feito apenas por curiosidade. Temos a possibilidade baixar um MAME UI ou Winkawaks, emuladores de placas de arcade, para jogar as muito superiores versões originais dos jogos. Por falar em arcade, assim com a Capcom não parou em Street Fighter, a Midway também não parou em Mortal Kombat. E assim como o Saturday Night Slam Masters da Capcom se inspirou em luta livre, a Midway também fez um jogo do estilo, só que mais dentro dos padrões do esperado, apesar dos elementos de fantasia. WWF WrestleMania The Arcade Game é apenas um dos jogos de luta livre das bibliotecas desses dois consoles. Saiu para os dois, sendo que a versão SNES obviamente tem vantagem gráfica no número de cores, mas no Mega o jogo tem conteúdo a mais e muitos consideram a jogabilidade levemente melhor também. A maioria dos jogos de luta livre saíram para ambos. Jogos como: WWF Royal Rumble, WWF Super WrestleMania e WWF RAW. Ambos ainda tem alguns jogos exclusivos de luta livre, a maioria bem ruinzinha.

Mas, como eu disse, no fim das contas ports de arcade não contam tanto para os dias de hoje. E nem jogos de luta livre tem tanta importância na biblioteca de luta de um console. Então jogos exclusivos, como TMNT Tournament Fighters (SNES), Gundam Endless Duel, Yu Yu Hakusho Makyo Toitsusen e Eternal Champions, tem mais valor para a comparação. E nesse caso o SNES definitivamente tem mais quantidade. Mas considero o Yu Yu Hakusho do Mega Drive como o melhor jogo de luta exclusivo de um dos dois.

Essa é a minha opinião. Qual é a sua?

Great War: Mega Drive versus Super Nintendo – Quem vence? 11 11America/Bahia fevereiro 11America/Bahia 2011

Posted by bluepasj in DUALIDADE, dym.
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Sem tomar nenhum lado. Até porque eu mesmo acho que o resultado daquela guerra foi um retumbante empate. Ambos os consoles tem seus pontos fracos e seus pontos fortes. O Super Nintendo vendeu mais? Vendeu. Mas isso tem lá seus motivos. A Sega vendeu muito? Também. E isso, sim, é uma coisa surpreendente. Particularmente, é óbvia a MINHA opinião pessoal de que o Mega é superior ao Snes. Entretanto, eu tenho que admitir que, não fossem meus gostos pessoais, eu acharia os dois em pé de igualdade. Gostos pessoais interferem por um simples motivo. E não são memórias infantis atreladas às memórias dos videogames, não. Muita gente crê nisso. Já eu sou da crença de que gostos pessoais interferem no que cada um pensa sobre cada um desses dois consoles simplesmente porque eles são dois consoles completamente diferentes. Iguais no fato de serem videogames de 16-bits, da mesma geração, com gráficos em 2D finalmente avançados. Mas eles são diferentes por atingirem públicos diferentes, porque cada um teve sua abordagem. Nas propagandas e imagem geral pública, a Nintendo era uma empresa para a família, e isso incluía sempre crianças. E a Sega era a rebelde.

Digo que a Sega ter vendido em torno de 20 milhões de Mega Drives é surpreendente porque a Nintendo tinha, nos EUA, por exemplo, tinha 98% do mercado na era Master System. Isso dá uma mostra da dominação de mercado que a Big N tinha naquele momento. Fora o impacto de Super Mario Bros., que mudou tudo sobre games e trouxe ainda mais prestígio pra Nintendo. Isso, aliado ao fato de que nunca saiu nenhum jogo ruim de Mario. Logo, a Sega ter conseguido quebrar essa hegemonia é digno de nota. Ainda mais quando a Nintendo fazia acordos de exclusividade com as empresas 3rd parties (umas importantes como Square e Capcom). E é claro que, sendo a Nintendo a potência que era, nenhuma empresa gostaria de nunca fazer nenhum jogo para o Snes, que era o que aconteceria caso não aceitassem o acordo. A Sega sempre foi uma empresa com uma administração estranha, com uma rixa interminável entre sua parte americana e sua parte japonesa. E piorando essa situação, na época do Mega Drive, a Sega contratou um gênio chamado Tom Kalinske na Sega americana, que fez ela dar certo e superar em muito a japonesa, o que aumentou ainda mais a rixa entre as duas partes, por causa do ciúme. Talvez por isso o MD nunca tenha dado tão certo no Japão, seu país de origem.

Marketing


A Sega teve um marketing agressivo, atacando, de certa maneira, a Nintendo. Por exemplo, a campanha Genesis Does dizia que a Nintendo simplesmente”não podia fazer”. E, apesar disso, a Nintendo, a partir de sua solidez por ser uma empresa de sucesso a muito mais tempo, era bem mais incisiva. Tinha várias revistas marketerias da Nintendo (ou compradas por ela, de certa maneira). Teve até aquele ‘filme-propaganda’, O Gênio do Videogame (The Wizard), “clássico” da Sessão da Tarde.

Gráficos


Esse é um tópico extremamente polêmico. Mas eu digo, sem dó nem piedade, que ambos tem suas falhas e seus méritos.

Sega-16: Como um artista, o que você pensa do hardware do Genesis? E como se compara ao do Snes?

Jools Watsham (da Iguana games): Muitos dos títulos que desenvolvemos na Iguana foram para ambos, Genesis e Snes, o que significa que nós sempre tínhamos que lutar com as habilidades gráficas diferentes. O Genesis tinha uma resolução de tela maior, e também podia jogar mais sprites pela tela sem slowdown. Mas, ele tinha uma muito menor profundidade de paleta que o Snes. A resolução de tela do Snes era consideravelmente menor que a do Genesis, mas sua profundidade de paleta era muito maior, o que permitia cores mais ricas e gradientes mais suaves. De qualquer maneira, eu lembro que sempre que queríamos o gradiente mais suave no Genesis, nós usávamos azuis. Os azuis no Genesis se juntavam muito melhor que qualquer outra cor, por alguma razão.

O Mega Drive tinha uma paleta de cores muito reduzida, e um processador muito veloz. O Super Nintendo tinha uma paleta de cores enormes e o chip Mode7, que permitia efeitos especiais com facilidade. Mas vendo a qualidade dos jogos de MD, eu chego a me perguntar se uma paleta de cores tão exagerada quanto a do Snes era realmente necessária ou foi feita assim só como mais um ponto de marketing. Porque, sinceramente, em cores, não há tanta diferença assim. Eu duvido de que mais de 50% daquelas cores todas chegou a ser usado. Ainda mais com o processador tão lento. O que parece é que, devido ao processador (o principal em uma máquina), todas as outras especificações do Snes ficaram só nos papéis. O Snes não parecia ser capaz de processar tantas coisas assim, enquanto o MD tinha várias coisas na tela ao mesmo tempo. Os efeitos de Mode7 eram modernos na época, mas só isso. Bonitos, esteticamente falando, eles não eram. Mas não eram mesmo. Serviam só como exibicionismo de tecnologia. Numa análise técnica, o processador é a parte mais importante. E se o processador de Super Nintendo não era tão veloz, como ele seria capaz de mexer com tantos recursos que o console tinha. Me parece óbvio que a maioria do que o Snes podia fazer ficou subutilizado. Provavelmente, o verdadeiro poder gráfico do Snes só foi visto nos jogos com chips especiais (vide Yoshi’s Island). No Mega, além de ter várias coisas na tela, por software era possível fazer os efeitos de Mode7. No Snes, o processador atrapalhava tudo e criava slowdowns às vezes. No Mega a paleta só prejudicava os gráficos. E até que o ajuste de contraste e os truques usados para burlar a paleta deixavam os jogos com cores mais vivas. E o Snes tinha uma resolução de tela menor. Fora que a imagem produzida pelo Snes era quadrada, e a do Mega era retangluar. Então, como qualquer TV é retangular, os jogos do Snes eram esticados. Claro, eles eram feitos pra ficar normais quando esticados, mas não é a mesma coisa. As cores perdiam vivacidade e o jogador perdia campo de visão no processo. Então, mesmo o Snes tendo saído mais tarde que o Mega, ele não foi totalmente superior a ele, como era de se esperar. Provavelmente a Big N gastou tudo com paleta e mode7 e tinha que economizar em alguma coisa. Ela deve ter achado que um processador mais lento não iria atrapalhar, já que ela não queria mesmo fazer ação frenética, mas ponderação e inteligência. Só que a Sega foi esperta e usou isso a seu favor. E não, eu não vou dar um vencedor. Vou só fazer análise e deixar pra lá. Hahaha

Sonoridade

Chip de som do Mega… da Yamaha!

Ambos tem uma qualidade sonora boa de músicas. Mas o Mega não produz bons FX, efeitos. Tipo vozes, sons ambientes, etc. Sinceramente, é uma coisa duvidável isso, já que há bons efeitos sonoros, como pode ser visto nesse vídeo. Mas é indiscutível a qualidade sonora do Snes nesse aspecto, tendo até jogos com músicas cantadas e vozes (embora esses usem chips especiais). Agora toda a sonoridade do Snes tem um aspecto abafado estranho. Provavelmente porque havia muitos efeitos especiais sonoros que os produtores usavam para suavizar o som (reverb, p.ex.) e exageravam demais por exibicionismo e o som ficava assim. Então pra concluir, os sons do Mega eram superiores aos do Snes. Não os FX, certamente, mas as músicas. Tem muito mais batidas ao mesmo tempo do que qualquer jogo de Snes. E mais variedade também, enquanto nos jogos do Super Nintendo, se repetem muito os estilos musicais.

Polígonos


Que só podem ser relativamente bem feitos por meio de chips especiais, nos dois consoles. Super FX no Snes e SVP-Sega Virtua Processor no Mega. Que criaram Star Fox e Virtua Racing, respectivamente. E, talvez pelo processador veloz, o chip do Mega é mais poderoso, logo Virtua Racing é tecnicamente superior. Só que eu não vejo graça nos jogos 3D feitos nessa época. Ambos são muito primitivos e tem uma jogabilidade travada e cores lavadas. Não tem graça.

Chips Especiais


Os quais o Sfamicon foi cheio deles. Se ele era tão poderoso, porque quase todo cart tinha um desses? Isso obviamente aumentava o preço de cada um dos cartuchos. E muito do que era feito por intermédio deles, o Mega fazia por si só. Só pra ter uma ideia, o único jogo de Mega que usa um chip especial é o Virtua Racing mesmo. Ou seja, todas as coisas vistas em Gunstar Heroes e Castlevania Bloodlines, por exemplo, foram feitas pelo console, sem uso de chip ou mode7. E os efeitos do Mega ficavam melhores, menos pixelizados. Olhe, por exemplo, como as coisas às vezes ficam cheias de pixels estourados aparecendo em Yoshi’s Island e como isso acontece bem menos no Misadventures of Flink. E sem esses defeitos gráficos, acaba ficando esteticamente muito melhor.

Conversões


Essa é uma categoria extremamente desnecessária, assunto de todas as guerras de Mega VS. Snes. Desnecessária porque o que determina a qualidade de uma conversão de arcade ou PC ou mesmo de um videogame para outro é o trabalho dos programadores. Às vezes um videogame poderia fazer um game melhor do que saiu nele, às vezes os produtores surpreendem positivamente. Depende só da boa utilização dos recursos do console. Só que as músicas sempre ficavam melhores no Mega.

Tamanho

Por algum motivo para mim desconhecido, o Mega não tem nenhum jogo grande como o Snes tem. Quer dizer, até o Phantasy Star, um RPG, é menor do que o esperado de um jogo desse tipo. Minha hipótese é a de que o Mega tinha algum problema com processamento de jogos grandes em duração.

Design

Mais uma pequena análise desnecessária, completamente supérflua, mas saudável à completude. O formato dos videogames. O Snes parecia uma simples caixa branca, enquanto o primeiro Mega tinha um formato mais arrojado, complexo e compacto. Já o segundo e arredondado Snes tinha uma aparência que finalmente rivaliza o Mega.

Joystick


Pra mim é indiscutível que o joystick do Mega é MUITO  superior ao do Snes. É praticamente perfeito. Pra começar, não tem as teclas de ombro difíceis de usar. Depois tem seis teclas no local mais convencional. Além disso, tem um botão D inteiriço circular, de oito direções fáceis. A tecla direcional perfeita. E um ergonômico formato bumerangue. Enquanto no Snes tínhamos uma tecla D quadrada e seccionada que machucava os dedos e teclas de ombro num controle fino, que tornava seu uso uma tortura. Além do mais, a cor preta suja menos. Mas isso é irrelevante.

Jogabilidade

Processador do Mega

Sim. Há diferenças na jogabilidade dos dois consoles. E essas diferenças permitiram que tantos jogos com jogabilidade acelerada e bem executada saíssem para o Genesis (isso sem falar nos de esporte). O processador mais rápido do Mega permitia uma jogabilidade mais calibrada. Mas isso é tão imperceptível que nem vale contar. Exceto pelo fato de os jogos de ação sempre serem melhores e mais cheios de ação no Mega, com o Snes tendo maior qualidade nos jogos de aventura mais lentos como Mario.

Biblioteca


Bom. O Mega fez sucesso nos EUA por seus inúmeros jogos de esporte, um gênero muito popular no país do Tio Sam. E pelos jogos da EA, exclusivos do Mega (e que só poderiam ser feitos nele, vide que o Snes tem James Pond e BOB, também da EA). Mas ele também tem bons RPGs e o Sonic. Já o Snes é claramente superior em RPGs (embora muitos deles não tenham identidade própria), ficando muito à frente no Japão, um pouco por isso. Claro que a maioria desses RPGs era da Square, exclusiva por chantagem da N. E RPGs eram o forte do Snes por ser um videogame, para todos os efeitos, lento. Ambos os consoles tem uma penca de platformers. Enfim, a biblioteca de ambos é ótima, com algumas diferenças de gênero que justificam gostar mais de um ou de outro. O Mega, por exemplo, tem jogos como MK e Splatterhouse que geraram um precedente em classificação etária de jogos. O Snes era bem família, nunca que algo como Bonanza Bros. ou mesmo Road Rash apareceria nesse console. O Mega poderia agradar pessoas mais maduras (embora também tenha jogos ‘família’) e o Snes agradava aos gamers mais casuais, jovens e família.

Retrocompatibilidade

Ambos tinham compatibilidade com suas contrapartes de 8-bits, Nes e Master System. No caso do Mega Drive, havia uma chip especial dentro do console pra isso. E alguns games do Mega até mesmo usam esse chip para seu proveito. Nada de mais.

Conclusão

Que não vai ser uma conclusão de verdade, apenas o que pode ser chamado de considerações finais. A Sega fez o Mega dar certo, alimentando ele com todos os gêneros. Ela fez para o Mega games de RPG, luta, aventura, esporte, etc., etc. A EA escolheu o Mega pra ser o console de seus jogos porque só um processador como o Motorola MC 68000 poderia fazer o que ela queria. Aliás, esse não era só um processador veloz, como era de excelente qualidade. Na época ele era usado em alguns computadores e nos árcades da Sega (além do, bem mais poderoso, Neo Geo). Isso permitia ports perfeitos dos arcades da Sega para o grande MD (como Golden Axe). Por outro lado, a Nintendo tinha Shigeru Miyamoto e seu Super Mario World e todo um legado. Além do mais, a Sega meteu os pés pelas mãos com sua administração esquizofrênica e além de tudo decidiu largar o meguinha bem antes do que deveria, deixando o mercado todo para o Snes por um bom tempo(mais sobre isso aqui). Ainda assim, o Mega tem muitos pontos fortes que o Snes não tem, como violência, jogabilidade levemente melhor, jogos mais rápidos, a não necessidade de chips em todo cartucho e apoio de empresas como EA, Namco e Capcom (que burlou o acordo com a Nintendo pra produzir pro Mega). Ambos consoles de sucesso indiscutível. E ambos muito bons, no mesmo patamar.

…EA…………………………………….Sonic 2, o jogo mais vendido do Mega…

Essa é a minha análise. E a sua opinião?

Update.

PRÓS E CONTRAS

Mega Drive

+Efeitos por software mais avançados

+Maior resolução

+Melhores Músicas

+Jogabilidade mais fluída devido ao processador mais veloz

+Mais sprites na tela

+Tecla D perfeita

+Formato do joystick

Baixo número de cores (paleta reduzida)

Baixa qualidade nas vozes

Snes

+Mode7 para efeitos especiais

+Grande paleta de cores

+Boas vozes

+Teclas de ombro no joystick

Menor campo de visão

Músicas abafadas

Comparações – Mega vs Snes 10 10America/Bahia fevereiro 10America/Bahia 2011

Posted by bluepasj in CURIOSIDADES, DUALIDADE.
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Breve eu vou fazer um super post sobre isso. Por enquanto, ficam essas comparações. Elas são de um tópico do qual participei. Esse.

Mickeymania Mega – Snes


UMK MD – UMK SN

SF2 MD – SF2 SN

SSF2 MD – SSF2 SN