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Retroescavadeira #10 – Seqüências & Ports que Não Foram 13 13America/Bahia outubro 13America/Bahia 2017

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Havia planos para lançar as sequencias e ports a seguir, mas foram cancelados.

Comix Zone
Uma continuação poligonal de Comix Zone chegou a ser planejada para o Sega Saturn, mas acabou não saindo do papel.

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Ecco the Dolphin
Houve rumores de que o golfinho da Sega teria um jogo para o 32X, depois esses rumores se transferiram para o Sega Saturn. Especialmente com a tech demo abaixo:

Sonic Saturn
Estava sendo desenvolvido pelo Sega Technical Institute, teve um protótipo, mas aparentemente o Yuji Naka não gostou da engine do jogo.

sonic-saturn-3d-poo-04.jpg

Sonic X-treme
Famoso projeto de um jogo de Sonic para Saturn também pela STI que enfrentou alguns problemas de desenvolvimento até ter de ser cancelado.

Eternal Champions
6_gif.jpgUma continuação do jogo de luta 2D estava nos planos da Sega americana, mas os japoneses preferiram não ir em frente com isso, pois acreditavam que podia atrapalhar a popularidade de Virtua Fighter. O jogo teria a ver com viagens no tempo e apresentaria um novo grupo de personagens que também estão tentando recuperar suas vidas, os Infernals (os do jogo original sendo os Eternals).  Você escolhia um dos lados e, dependendo do que você fizesse, afetaria a linha do tempo do jogo, mudando aparência de personagens, habilidades, histórias e a aparência dos locais em tempo real. O produtor sempre planejou que fosse uma trilogia, mas o terceiro jogo nunca aconteceu.

Chakan
O homem eterno iria ter uma continuação no Dreamcast. Depois que o projeto foi cancelado, o artista do jogo usou as artes descartadas no jogo Blood Omen 2.

Streets of Rage 4
Esse seria uma continuação ou seqüência espiritual, ninguém sabe, da adorada franquia de beat ‘em up nascida no Mega Drive.

A título de curiosidade, o jogo Fighting Force, do PS1, feito pela Core Design, começou a sua vida como uma continuação de Streets of Rage em 3D exclusivo para Saturn. Mas a Sega e a Core acabaram não concordando sobre como devia ser o jogo.

Vectorman Sat. PS2
Chegou a tentar ser revivido no Saturn, inclusive há artes conceituais dessa tentativa, que seria chamado Vectorman Ultra.
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Mas a tentativa no PS2 foi mais longe e aparentemente seria bem diferente dos jogos originais.

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Maui Mallard
De acordo com o animador Oliver Wade, uma seqüência do jogo foi planejada e, inclusive, sketches foram feitos.

 

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Beyond Zero Tolerance
Esse chegou tão longe que um beta pode ser encontrado na net e jogado em emuladores.

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Pit Fighter 2
pit-fighter-2-14.jpgO lutador malvado de arcade agora é mais mau do que nunca. Você vai usar tudo que tem para pulverizar os desafiantes e se tornar o Grande Campeão. Gráficos com atores reais e personagens únicos com habilidades distintas trazem a ação esmaga-ossos à vida. Só que isso não aconteceu.

Sonic Crackers
O jogo que acabou se tornando o Knuckles Chaotix do 32X. Neste jogo, cuja ROM protótipo vazou na net, Sonic e Tails estão presos por um anel magnético.

Sonic SatAM
Muito famoso projeto de jogo para Mega Drive, com um Sonic mais sério, elementos de stealth e bem diferente do que se pensava quando se falava em Sonic. Seria feito pela STI baseado no cartoon de mesmo nome.

X-Women
Continuação dos jogos X-Men, dessa vez se focando nas personagens femininas do time mutante.

Lufia & the Fortress of Doom
A tech demo abaixo foi lançada na internet por um dos produtores desse port, que relata que eles tinham apenas seis meses para fazê-lo e esse foi um dos motivos que levou ao cancelamento do projeto.

The Mask
Baseado no personagem Máscara, que nasceu nos gibis e foi adaptado para cartoon e filmes, o jogo saiu apenas para Super Nintendo, mas uma versão Mega Drive também estava planejada. Não se sabe o que levou ela a não existir.

Prince of Persia 2 The Shadow and the Flame
A continuação de Prince of Persia, portada de PC e mais fiel a outros ports existentes, acabou não sendo lançada. A ROM, porém, pode ser achada por aí na net.

pop2

Prince of Persia 2 – The Shadow and the Flame

Dragon’s Lair
Port do jogo de SNES que nunca chegou a acontecer. Sua ROM também caiu na internet.

Ghoul Patrol
Espécie de continuação do jogo Zombies Ate My Neighbors que saiu apenas para SNES. Uma versão MD também esteve em desenvolvimento, mas nunca apareceu.

Indiana Jones Greatest Adventures
Aparentemente, a versão MD chegou a ser finalizada pela Factor 5, mas nunca foi lançada. Alguém tem o protótipo e vídeos surgiram na internet.

Super Castlevania IV
Outro jogo que iria ser portado do SNES pela Factor 5, antes que a Konami decidisse dar maior atenção ao Mega e desenvolver algo internamente para ele. Particularmente, acho que foi melhor assim, pois gosto bastante do Castlevania Bloodlines, que provavelmente não teríamos caso esse port tivesse fruído.

Might and Magic III Isles of Terra
A continuação de Might and Magic II Gates to Another World. Também saiu para SNES e esteve em desenvolvimento para MD sem resultados, exceto por um protótipo que rola por aí afora.

Mr. Nutz 2
Continuação do jogo do esquilo em que não consigo compreender a bagunça visual dos cenários. Outro cuja ROM pode ser encontrada na net.

Davis Cup II
Continuação do jogo de tênis, que também possui ROM vazada.

Road Riot 4WD
Port do jogo de arcade de mesmo nome, que recebeu uma versão para SNES. É um jogo de corrida de jipes com tração nas quatro rodas. A versão MD parecia ser mais fiel ao arcade.

Tomb Raider
A Tec Toy tinha planos de portar até isso para o Mega, depois de Duke Nukem 3D!

Magical Quest
Esse caso não é de uma sequência, mas é um caso em que a continuação (Great Circus Mystery) saiu no MD e o anterior tinha sido planejado, mas nunca foi lançado.

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Survival Arts
Segundo a seção de cartas da edição 79 de fevereiro de 96 da revista GamePro, esse horrendo jogo de luta com personagens digitalizados ia ser portado do arcade para MD e SNES. A mesma seção menciona, ainda, o The Mask que também ia ser portado.

Popful Mail
Que seria lançado como um jogo do Sonic chamado Sister Sonic. Diz-se que essa versão foi cancelada devido a muitas cartas enviadas à Falcom por fãs bravos devido à mudança na temática do jogo. Ao invés disso, preferiram então fazer um port fiel para o Sega CD.

Total Carnage
Continuação de Smash T.V. (Super Smash T.V.) no Mega Drive, o jogo de tiro em arena port dos arcades predecessor do gênero twin stick.

 

Ristar 2

Em entrevista presente em vídeo no disco SEGA Mega Drive Collection de PS2, Akira Nishino afirma que planejavam fazer continuação do jogo, e inclusive chegaram a fazer designs para ele.

Retroescavadeira #9 – Betas, Alphas, Protótipos 12 12America/Bahia dezembro 12America/Bahia 2016

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Sonic 3 & Knuckles
Sonic 3 e Sonic and Knuckles começaram sua vida como um jogo só, antes de serem separados em dois com lock-on.

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Castlevania Bloodlines
Não se sabe muito sobre o beta desse Castlevania, exceto que há diferenças acentuadas. Apresentava um lago de ferro derretido (imagem) e um dirigível do tipo zeppelin.

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Landstalker
Esse teve uma cena removida na versão final, mas ela continua no cartucho, apenas inacessível nas versões americana e européia.

Phantasy Star IV
Originalmente seria lançado para o Sega-CD, com dungeons em 3D como no primeiro jogo da série, cenas em FMV, vozes e muito mais.

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Sonic the Hedgehog
Sonic originalmente seria parte de uma banda que incluiria Sharps o galo (guitarra), Max o macaco (baixo) e Vector o crocodilo (teclado). Ele teria, ainda, uma namorada humana chamada Madonna.

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Sonic the Hedgehog 2
Uma das betas mais famosas da história do Meguinha. Sonic 2 tinha fases a mais que foram cortadas (como a Hidden Palace e a Wood Zone). Existem vários hacks na net que tentam pegar as partes dessas fases restantes no cartucho e completar e, além disso, na versão oficinal de Sonic 2 para Android, ao cair em um buraco na Mystic Cave você vai parar em uma versão completada de um desses cenários retirados.

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Ristar
E a estrelinha da Sega, que antes era um coelho nascido no concurso para criar um novo mascote para o MD cujo elegido foi o Sonic? Ela também foi esse bicho esquisito antes de ser uma estrela. Ele se chamava Feel, mas antes de Ristar ainda houve a opção Dexstar.

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Street Fighter 2
Também teve um beta completamente abandonado em prol de um reinício.

Phantasy Star II
Primeiramente o herói da história seria o Lutz e não o Rolf. O jogo também envolveria viagens no tempo, com o jogador voltando à época do primeiro jogo da franquia.

 

Fontes: Unseen64;
Cutting Room Floor.

Retroescavadeira #8 – Os Diferentes Mega Drives 28 28America/Bahia novembro 28America/Bahia 2016

Posted by bluepasj in GENESISTÓRIAS, LISTAS, RETROESCAVADEIRA.
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Vamos começar com os modelos lançados pela própria Tec Toy em sua época de ouro. O Mega Drive I/II e o Mega Drive III, esse último baseado no Mega Drive II japonês/Genesis II norte-americano.tec-toy-md-modelos

A primeira caixa do console aqui no Brasil vinha com o Altered Beast, mas logo o pack-in se tornou Sonic, depois Sonic 2. O Brasil teve caixas cujo bundle era Fifa Soccer, Mortal Kombat, Street Fighter, entre outros…tec-toy-mega-drive-versoes-modelos-edicoes

O Mega teve versões com leves variações nas cores dos seus detalhes ao redor do mundo.

No Japão.

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Na Coréia.

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Na Europa.

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Na Coréia, ainda, esse aí de cima foi o segundo MD. Aliás, MD não, SGB, por que a Samsung era a licenciada a lançar o MD por lá e o nome do console mudou para Super Gam’Boy. Abaixo, o Super Gam’Boy II.

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Nos Estados Unidos o Genesis (nome norte-americano do Mega Drive) teve de fato uma terceira versão, lançada pela Majesco, que havia arranjado um acordo com a Sega para lançar seu Mega Drive já que a Sega havia mudado seu foco para o Saturn. Aí surgiu o Genesis 3, que não roda o Virtua Racing nem suporta Sega-CD e 32-X.

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Nos Estados Unidos houve também o EZ Games Video Game System, um aparelho que ficava em quartos de hotéis em que você usava fichas para poder jogar.

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Houve também dois híbridos de PC e Mega Drive, um japonês e o outro europeu, respectivamente o TeraDrive e o Amstrad Mega-PC.

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Houve um portátil lançado pela própria Sega, o Nomad.  Ele roda cartuchos, tem port para um segundo joystick e jogatina multiplayer, mas a bateria drena muito rápido, assim como a do portátil anterior da Sega (o Game Gear).

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Outro Mega (semi-) portátil é o Mega Jet, que foi lançado apenas no Japão. Ele veio antes do Nomad, não tem tela e não funciona com baterias e sim cabo de energia. Ele foi feito pra ser usado nos vôos da Japan Air Lines, cujos aviões possuíam telas LCD. E também pode ser usado em televisores compactos de carros.

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Outro Mega que vale ser citado é o HeartBeat Personal Trainer. Ele roda os jogos de Mega Drive normalmente, mas também tem sensor de movimento e um sensor de batimentos cardíacos, assim você pode medir seu desempenho em atividades físicas.

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Devo mencionar também o WonderMega, ou X’Eye, um aparelho que é a fusão de um Mega Drive e um Sega-CD em apenas um aparelho. Ele surgiu de uma parceria entre a Sega e a JVC

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O CDX ou Multi-Mega é outro híbrido.

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Outro aparelho que podia rodar jogos tanto de Mega Drive quanto de Sega-CD era o Aiwa Mega-CD, um aparelho de som portátil.

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Por fim, o Mega superou a ovelha Dolly e teve clones em massa.

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Fontes: Mega Drive Net
SegaRetro

Retroescavadeira #7 – O Mega na Mídia 3 03America/Bahia outubro 03America/Bahia 2016

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Inspirado por uma matéria do site Game Pilgrimage.

egm-issue-001-062A EGM, antes do MD ser lançado, corretamente afirma em um preview que ele é o primeiro aparelho caseiro verdadeiramente 16-bit. Ao contrário do concorrente PC Engine, que já tinha sido lançado no Japão (o Snes ainda estava longe de surgir). A revista continua, elogiando a semelhança com os arcades da arquitetura do console, a capacidade de realizar escala e, o que hoje é irônico, as 256.000 cores que ele é capaz de produzir.

Na época (maio de 1989), a biblioteca era limitada, especialmente comparada com o PC Engine, que era um sucesso no Japão. É também mencionado que os primeiros jogos são bons, mas não realmente se aproveitam das capacidades do console (jogos como Altered Beast). É interessante notar que a possibilidade de expandir o MD com um drive de CD é levantada, algo que realmente viria a acontecer, para resultados mistos, com o Sega CD. gamepros-16-bit-video-gaming-february-1992-page-05

Em julho de 89 a EGM anuncia o nome americano do Mega Drive, Sega Genesis. A NEC estava lançando, também, para o concorrente PC Engine, um drive de CD, enquanto a Sega apostava em um modem. A título de curiosidade, havia um 16-bit que iria entrar na batalha, chamado Konix Slipstream, e a empresa o estava promovendo bastante, mas ele acabou cancelado. Continuando, a EGM elogia o formato do joystick do MD e o modem (sem saber que ele seria irrelevante).

Em prévia feita pela revista britânica Computer and Video Games, o dispositivo de CD-ROM (Sega CD) também é mencionado. O Reino Unido foi, assim como Brasil, um dos poucos lugares no mundo em que o console anterior da Sega, o Master System, fez sucesso. A revista elogia o joystick do Mega Drive por ser ergonômico (e, segundo ela, melhor do que costumam ser os joysticks japoneses). Ela então elogia também os gráficos, pelo alto número de parallax scrolling, ausência de flicker e prognóstico de coisas ainda mais impressionantes no futuro.

Em um preview da Game Players, é mencionada a diferença da voz dos consoles 8-bits para os 16-bits, usando como exemplo Space Harrier e Super Space Harrier. Também menciona o Motorola 68000, o processador do MD, que é encontrado em alguns dos computadores mais potentes da época. Novamente as cores são mencionadas como uma grande vantagem do console.

A Game Players, em edição de novembro de 89, dá destaque à diferença vista entre os primeiros jogos do MD e os dos sistemas 8-bits e , inclusive, diz que os gráficos dos jogos do MD superam os da maioria dos PCs da época. E então ela elogia os outros jogos de lançamento: Space Harrier 2, Tommy Lasorda Baseball, Thunder Force 2, Super Thunder Blade e Last Battle (Altered Beast teve análise na edição anterior). electronic_gaming_monthly_002_-_1989_jul_-037

Na GamePro número 2, são enfatizados som em estéreo, o adaptador para Master System e as capacidades gráficas. A Sega prometia na época não apenas muitos jogos, mas também jogos “nunca vistos antes em consoles caseiros”.

A EGM, em outra edição, mostra uma preocupação com a pouca quantidade de jogos que não são de ação no MD (apesar de preverem que mais jogos diversos virão). E em meio a um excesso de comparações ao Snes que não tinha sido lançado ainda, também comenta as impressionantes habilidades de escala e rotação do sistema e a técnica de parallax scrolling.

Em 1992, a GamePro’s 16-Bit, em uma análise sobre qual 16-bit comprar entre os 3 disponíveis, elogia o Sonic e os jogos licenciados (Ghostbusters, Castle of Illusion, Spiderman), os de esporte (NHL, Joe Montana), ação estilo arcade (Golden Axe, Streets of Rage) e o Toejam e Earl. Sobre a escolha de qual comprar, a revista meio que ignora o PC Engine, que só tem o preço como vantagem, e depois dá uma espécie de vitória ao Mega Drive por que ele tinha, naquela época, maior quantidade de jogos bons.

Em 92, também, a Mean Machines comparou os dois videogames (MD e SN). Ela fez uma comparação por gêneros de jogos. Nos jogos de plataforma o Snes tinha mais qualidade principalmente por causa de Mario 4, mas o MD tinha mais quantidade de bons jogos no gênero. Considerou que o Super Nintendo tinha os melhores shooters (apesar de elogiar bastante os do MD).  Mas nos esportes o Mega ganha de longe, em grande parte por causa da EA. Diz que o MD tem o melhor jogo de futebol americano de todos os tempos (até aquele momento) (John Madden 92), o melhor de hockey (EA Hockey) e o melhor de golf (PGA Tour Golf). Naquele momento o MD ganhava disparado nos beat ‘em ups, com o Snes tendo apenas o Final Fight sem modo de 2 players, sendo que o MD já tinha Streets of Rage. Entretanto, o prospecto da aparição de Street Fighter 2 no Snes ameaçava mudar isso. A vitória, por quantidade de games, foi do MD.


O GamePilgrimage exalta o fato de que ambas EGM e GamePro já estavam fazendo muita promoção ao Super Nintendo mesmo antes dele ser um protótipo, dando o mesmo destaque a ele que aos já existentes Mega Drive e PC Engine. Algo sem precedentes na mídia especializada. Como exemplo do favoritismo, há o editorial na edição 4 da EGM, em que o editor coloca em pauta as cartas que a revista recebia acusando-a de dar excessiva ênfase à Nintendo em detrimento da Sega. Os próprios leitores perceberam. A EGM também achou necessário utilizar, em duas edições, a frase “superior a tudo que veio antes” para se referir ao Snes, um console que nem existia ainda. E tudo que era necessário para fazer essa afirmação eram as especificações do mesmo. Inclusive o modo de resolução 512×448, em prática muito raramente utilizado, e as 256 cores tão raramente utilizadas quanto. Uma matéria de seis páginas na EGM afirmou ainda que o Snes era a Derradeira Máquina de 16-Bits, antes mesmo dele ter sido lançado no Japão. O Snes teve publicidade gratuita por dois anos antes de ser lançado.

Agora minha opinião. Fico surpreso com a mídia na época, por que pensava que era muito mais ingênua e, na verdade, eles sabiam do que falavam (ao contrário das revistas brasileiras de games, mas, também, as revistas internacionais tinham contato direto com devs e produtoras, ao contrário das BRs). Não havia tanta desinformação quanto eu pensava. Também é notável o crescente entendimento do público consumidor a respeito dos aspectos técnicos. Creio eu que em grande parte isso se deve ao modo como esses aparelhos foram vendidos, com o marketing enfatizando coisas como 16-bits e mode-7. Agora, houve realmente um favoritismo por parte das maiores revistas para com o Super Nintendo, principalmente por parte da EGM. Mas eu creio que seja fácil explicar isso. Primeiro que, com o crescimento da indústria de games veio um crescimento da mídia especializada. E, com isso, competição, o que fazia com as redações das revistas não abrissem mão de completude e exclusividade. Por isso, falar de um videogame que está a anos de ser lançado e que mal existe não é tão absurdo assim.Mas mesmo assim existem casos em que só isso não explica. Só acho que não era proposital. A Nintendo foi considerada a salvadora da indústria dos games depois do crash que ela sofreu, e sinônimo de games. Ela monopolizava completamente a indústria antes do Mega Drive. É incidental que tanto foco seja dado a ela. Claro, é inegável que isso deve ter prejudicado o Mega Drive (e o PC Engine), e favorecido a Nintendo. (mais…)

Retroescavadeira #6 – Uma Análise Temporal 19 19America/Bahia fevereiro 19America/Bahia 2014

Posted by bluepasj in dym, RETROESCAVADEIRA.
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Konami*TMNT: Lançado primeiro para Snes e depois para MD. A versão de SNES é totalmente superestimada, portanto é considerada superior. Mas devemos levar em consideração que a Konami tinha uma predileção pelo SNES, lançado para ele vários Goemon, Biker Mice from Mars e Axelay. Ela lançou muito mais títulos para o SN. Inclusive os outros títulos dela existentes para as duas plataformas (Castlevania, Contra, Sunset Riders, International Superstar Soccer Deluxe) são todos considerados melhores na plataforma da Nintendo. Pessoalmente eu não concordo com isso em relação a Castlevania e Contra, mas o consenso geral é esse.

*Earthworm Jim: A primeira versão é considerada superior no Mega e a segunda no concorrente. A primeira foi um port do Mega para o SN, já o segundo, foram feitas ambas as versões ao mesmo tempo. Diz-se (os produtores dizem) que a primeira versão tinha mais coisas na versão Mega por que nele a compressão-descompressão de dados é mais fácil. Bom, temos um jogo que mostra que quando os jogos são portados do Mega para o SN ficam piores no SN.

*Rock’n Roll Racing: Considerado melhor no SN, apesar de ter mais pistas no Mega. É preciso levar em consideração que os mesmos produtores já tinham conhecimento do hardware do SN, por que lançaram para ele RPM Racing anteriormente.

*Mortal Kombat 2: Portado para ambas as plataformas por empresas diferentes no mesmo mês do mesmo ano blazing mk(93). A do Snes foi feita pela Sculptured, que estava com a Nintendo desde o NES. A do Mega foi portada pela Probe. Ambas são boas empresas. A versão do SN é considerada superior. Apesar da versão SN conter slowdowns e os sprites tiveram perda de detalhes devido à diminuição da resolução no SN.

*UMK3: Feito pela Avalanche e lançado no SN e cerca de quatro meses depois no MD. A versão MD é superior, principalmente por conter estágios que foram cortados na versão SN.

*Street Fighter 2: A Capcom aparentemente tinha um desdem pelo MD. Street Fighter  do SNes (a versão World Warrior) foi lançada um ano inteiro antes de qualquer versão para o console. Depois eles lançaram a versão Championship do Mega, uma mistura dos arcades Championship e Hyper. Ele tinha 3mbits a mais na versão Mega que no SN (a Turbo). Há qualidades e defeitos em ambas as versões. Muitos acham que a versão Mega é baseada na versão SN e não no Arcade. Não sei se há verdade nisso. Depois foi lançado o Super Street Fighter 2, simultâneamente. A versão MD tinha mais vozes, mas isso talvez por que tivesse um cartucho enorme de 40mbit. De qualquer forma, é flagrante a preferência da Capcom, por algum motivo, pela Big N. Para o Super Famicon saíram Breath of Fire, muitos jogos de Megaman, toda a série da Capcom do Mickey, Knights of the Old Round, Demon’s Crest, Street Fighter Alpha e King of Dragons. De exclusivos, o Mega só pegou Mercs e Megaman Willy Wars. E então teve o Chiki Chiki Boys, que foi portado pela Visco, e Strider, que foi portado pela própria Sega.

*Top Gear 2: Lançado em 93 pela no SN e portado em 94 no MD. Logo, a versão original é a de SN. E mesmo assim o jogo permanece bom no Mega.

*Prince of Persia 2: Portado em 96 pela Titus para o SN. Ia ser portado pela Microïds para o MD. Vale notar que versão MD seria muito mais fiel à original dos PCs, com uma jogabilidade muito melhor e com a última fase, que faltou no jogo de SN.

*Também vale notar os turbulentos últimos anos de vida do Mega Drive. Em 91 já foi lançado o Sega CD no Japão, que foi descontinuado só em 96, sem ‘causar’. Já o lançamento americano se deu no fim de 92, três anos após o lançamento americano do MD e um ano após o lançamento americano do concorrente Super NES. Tudo isso me leva à conclusão de que o hype pelo Sega CD fez mais pela Sega do que add-on em si. O 32X, por sua vez, foi lançado em 94 e finalizado já no próximo ano. O próprio Saturn foi lançado em 94 também. Enquanto que, no lado da Nintendo, o Nintendo 64 só veio a ser lançado em 1996.

E só por motivos de completude, tinha o Game Gear também (de 90 a 97) e os arcades, a Sega teve mais de 5 placas de arcade (e vários jogos para cada) lançadas durante a vida útil do MD. Portáteis e arcade não tem como atrapalhar o ciclo de vida de um console, mas acho que vale a pena citá-los. Também por motivos de completude devo mencionar que o Master System só foi descontinuado em 92, quatro anos após o lançamento japonês do MD e três após o americano.

Prince of Persia 2 - The Shadow and the Flame

Prince of Persia 2 – The Shadow and the Flame

Também atrapalhou o Mega Drive o lançamento, em 1994, de Donkey Kong Country e seus gráficos enganadores, dando a idéia de que “o SN faz, sem nenhum add-on, o que o Mega Drive não faz”. Não que não tenhamos tido ótimos jogos lançados no fim de vida do videogame. Mas a fan-base foi estraçalhada pelas decisões da Sega. Isso sem contar que vários jogos que podiam ter agregado ao Mega foram lançados nos add-ons (Blackthorne p.ex.), sendo que certamente muitos eram jogos que começaram seu ciclo de produção como jogos de Mega e passaram para os add-ons, então não estavam muito acima do que o Mega podia oferecer por si mesmo. E ainda acho conveniente notar que o Mega teve domínio do mercado americano durante quase todo o seu ciclo de vida, só sendo superado em 95.

*O MD teve apenas alguns jogos importantes no fim de sua vida (1997), mas nesse parágrafo vou me focar no suporte dado ao console em seu últimos ano de vida, comparando-o ao da rival. O único jogo de destaque (tirando os de esporte) nesse ano no MD é Lost World Jurassic Park. Já o SNES teve: Animaniacs, Kirby’s Dreamland 3 e The Lost Vikings 2. Apenas um jogo da Sega e um da Nintendo, mas o Super Nintendo teve mais apoio de 3rd parties, provavelmente por causa da imensa bagunça de add-ons que o MD tinha virado e que em 97 o Saturn tinha dois anos de vida americanos enquanto o Nintendo 64 tinha apenas um. E enquanto o MD estava descontinuado, o SNES continuou e, embora não tenha recebido títulos importantes depois de 97, o acesso a consoles e jogos ainda em produção é algo importante e ajudou o SNES a, no geral, vender mais que o MD. O SN teve dois anos de vida a mais que o MD.

Mas mesmo no ano anterior, 96, a própria Sega já estava dando menos suporte ao MD do que a rival. Em 96 ela lançou, de importantes: Bugs Bunny in Double Trouble, Vectorman 2, Sonic 3D Blast e Virtua Fighter 2. Já a Nintendo publicou para o SNES: Terranigma, Donkey Kong Country 3, Kirby Super Star, Maui Mallard, Street Fighter Alpha 2 e Super Mario RPG. A diferença é ainda maior quando se fala em 3rd parties. A Sega estava dividida e o MD não era o foco, as produtoras de jogos viam isso. Em 96, a Sega lançou mais de 30 jogos para o Saturn, produziu mais de vinte deles, muitas 3rd parties migraram para o 32-bit. Já a Nintendo lançou 7 jogos para o Nintendo 64 em 96, 3 deles produzidos por ela. Isso sem contar os add-ons. O Sega-CD foi descontinuado justamente em 96 e não teve nenhum jogo da Sega nesse ano, mas o 32X teve Spiderman Web of Fire, confundindo as devs sobre onde lançar jogos e os consumidores sobre que aparelho comprar.

*Street Fighter Alpha 02: Além da Capcom não ter lá uma relação tão boa com o videogame da Sega, esse jogo foi lançado em 96, o MD estava morto. Inclusive no fim de vida, vários jogos que iam de fato ser lançados em breve (alguns até em estado de quase completude) foram cancelados. Jogos como Beyond Zero Tolerance, Sonic SatAM e X-Women. Diz muito que o port de Lufia and the Fortress of Doom foi cancelado em 95 por que a empresa queria apressar sua produção. Percebia-se o fim eminente do console.

*Aero the Acro-Bat 2 e Zero the Kamikaze Squirrel: Uma coisa interessante ocorre entre esses dois games. Eles foram feitos ao mesmo tempo. Mas Aero 2 ficou melhor no SN e Zero ficou melhor no Mega. Uma notinha extra: a continuação de Aero the Acro-Bat, o Aero 2, foi em homenagem ao ídolo Ayrton Senna (assim como o Monaco GP 2).

*Sunset Riders: Lançado primeiro para o SN e (mal-) portado dele para o MD.

*Ghoul Patrol: Continuação não-oficial de Zombies Ate My Neighbours. Lançado em 94 pela Lucas Arts para SN. A mesma Lucas Arts que lançou um zilhão de Star Wars e Idiana Jones para SN e apenas lançou UM Indy para o Mega. Ghoul Patrol ia ter uma versão para o MD também, mas foi cancelada.

*RareWare: Acho curioso que a mesma Rare que salvou o SN com DKC anteriormente também lançou jogos para o MD. Bons jogos. Battletoads e Battletoads & Double Dragon, (o ótimo) Snake Rattle’n Roll e RC Pro-AM.

Eu encontrei na netuma explicação convincente para o fenômeno das empresas ocidentais terem dado mais suporte do que as japonesas ao MD, que é de que, como o console ficou em terceiro lugar no Japão, que é a terra original dessas empresas (Konami, Capcom, etc.), elas se focaram mais no SN e no PC Engine do que no MD. Então se vê que empresas americanas como Virgin, Blue Sky e EA  se focaram mais no MD.

Retroescavadeira #5 – Hacks e otras cositas 15 15America/Bahia agosto 15America/Bahia 2011

Posted by bluepasj in CURIOSIDADES, RETROESCAVADEIRA.
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Mortal Kombat 5 – Mythologies Sub-Zero

Lion King 2

Lion King 3

Donkey Kong 99

Super Mario World (Squirrel King)

Super Mario Bros 2 (Super Mario Bros)

Soul Blade

Super Mario World 64

Mulan

A Bug’s Life

Ultimate Mortal Kombat Trilogy

Squirrel King (Chip and Dale)

Rockman/Megaman X3

-Protótipos Vazados:

Lobo

Prince of Persia 2 – The Shadow and the Flame

Ninja Gaiden

ResQ

ResQ

sp

Stone Protectors